sábado, 14 de setembro de 2024

Padre Emiliano aponta desinteresse das academias e propõe encontro decisório

 


O padre Emiliano Camilo, Presidente da Academia Guarabirense de Letras e Artes “Casa Marisa Alverga”, destacou a ausência das lideranças das academias convidadas para o segundo encontro do MUAP (Movimento Unificado das Academias Paraibanas), ocorrido em Sapé no dia 14 de setembro, tendo como anfitriã a Academia Sapeense de Letras, Artes e Cultura. “Por aparente desinteresse da maioria, nós somos frágeis enquanto movimento coletivo de produção cultural, e não é justo que só alguns compareçam a esses encontros, onde perdemos nosso tempo porque as propostas não avançam, justamente pela ausência da maior parte dos presidentes das academias”, afirmou ele. O padre Emiliano apresentou proposta da realização de outro encontro, que seria determinante para a continuidade do movimento. “Se não alcançarmos quórum qualificado de presidentes de academias nessa reunião, deveremos repensar sobre a continuidade do movimento”, exprimiu o padre. Após debate entre os presentes, ficou marcado para o dia 9 de novembro a próxima e, talvez, derradeira reunião do MUAP, ainda na cidade de Sapé.

Estiveram presentes Neide Nogueira, Ana Maria Almeida e Sérgio Beltrão, de Sapé, Fábio Mozart, de Itabaiana, Padre Emiliano Camilo e Elias dos Santos, de Guarabira, Edielson Gonçalves de Bayeux, Manuel Batista de Mari e Goreth Mangueira, de Santa Rita. O cordelista Fábio Mozart, Presidente da Academia de Cordel do Vale do Paraíba e integrante da Academia Bananeirense de Letras e Artes, justificou a ausência da Presidente da entidade, professora Terezinha Coutinho, por ter mobilidade física reduzida, sendo representada na reunião pela confreira Ana Maria Almeida.

Fábio Mozart, afirmou que a ausência de alguns não pode ser motivo de desmotivação. Em seguida, apresentou proposta de projeto comum de ações culturais para circulação entre as academias. Cada academia apresenta seu programa para intercâmbio (sarau, lançamento de obras, música, espetáculos cênicos, palestras, apresentação de corais, bandas e grupos folclóricos, roda de capoeira, exposição de livros e realização de cursos breves), onde cada academia montaria seu calendário para circulação.

Manuel Batista sugeriu a montagem de um projeto “guarda-chuva”, reunindo todas as academias, para realização da circulação proposta por Fábio Mozart, com recursos de editais públicos de apoio cultural e patrocínio da iniciativa privada, buscando ainda parcerias com universidades e outras instituições. Para ele, as academias não devem ser apenas locais de livros e velhos, conforme afirmou um intelectual brasileiro, e sim instituições vivas, que possam dialogar com os poderes públicos na busca de mudança da realidade educacional e cultural dos municípios, citando a cidade de Mari, que está entre as quatro piores no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Em contraposição, o padre Emiliano afirmou que não é papel das academias de letras ir de encontro às autoridades, porque não é sua atribuição oferecer qualidade nos serviços públicos, e sim função dos municípios, estados e Governo Federal.  

Ao final do encontro, foi oferecido coffee break aos presentes, que ainda receberam botton da Academia Sapeense de Letras, Arte e Cultura, presenteados pela confreira Ana Maria Almeida.  

 

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